Outubro
Outubro Rosa e a Psicologia
Como o câncer de mama acomete num importante órgão do corpo feminino, adquirir uma doença nesse órgão interfere no processo de simbolização da mulher enquanto ser feminino.
Por onde atuei, seja no consultório ou em hospitais, constatei um intenso sofrimento relacionado ao trabalho. Na busca para descobrir o porquê deste sofrimento, me ocorreu a ideia de realizar um paralelo com a geração anterior.
Há poucos anos, felicidade no trabalho era bem definida na cabeça do jovem:
“Vou trabalhar para custear minha faculdade, ter independência financeira, não precisando sentir-me realizado! Quando me formar aí sim, serei feliz e realizado...”
Porém essa premissa também não era verdadeira. Apesar de estar desempenhando a função desejada, outros fatores interferem para essa felicidade:
- O tipo de função que tem,
- O corpo de chefia e liderança,
- A cultura da empresa,
- Bagagem emocional para lidar com conflitos (o mais importante ao meu ver).
Na geração anterior o ingresso no mercado de trabalho iniciava-se cedo, antes de uma formação acadêmica. Com isto, o jovem já passava por situações como: frustrações, medos, inseguranças. Aprendendo a lidar com estes eventos
Não estou afirmando que não havia sofrimento, o que havia era uma tolerância maior para as adversidades, se aprendiz a esperar! Interessante ainda, perceber que as promoções para cargos de direção vinham após os 40 anos.
Hoje a configuração é outra, estamos no “fast” das informações. Pensar aonde você quer estar daqui 5 anos, é tempo demais e por vezes o jovem não consegue abstrair, embora seja mais ansioso e pouco focado no presente, esperar, é um verbo muito difícil de ser vivido!
As informações chegam em tempo real, nos dando a ideia que estamos sempre atrasados.
Uma paciente um vez comentou: “enquanto eu não ver o que estão postando no Face eu sinto que estou perdendo algo”.
A inserção do jovem no mercado de trabalho hoje está iniciando de forma tardia em comparação a geração anterior. Primeiro o jovem estuda, se forma, para depois ingressar em sua escolha profissional. E com esse início laboral, vem as queixas:
- Enquanto estou aqui perdendo amigos, vida social etc, será que fiz a escolha certa?
- Meu diretor não me deixa colocar em prática minhas ideias, então eu vou para outra empresa que me valoriza.
- Se em dois anos não chegar à gerência, sairei, pois é sinal que não me valorizam.
E nesta velocidade algumas etapas podem estar sendo “queimadas”, como defender seus argumentos, aprimorar sua negociação, ter empatia pelo próximo.
Aí eu questiono: - Será que com um ou dois anos de formado você tem estrutura emocional para lidar com as responsabilidades de cargos mais complexos?
Viver as etapas dos processos, no faz mais fortes e firmes para atingirmos nossas metas, nos dá a maturidade necessária para lidar com questões complexas.
Penso que o jovem deve encarar seu trabalho como um desafio, não como um obstáculo ao seu crescimento. E como desafio, deve aprender a desenvolver em si algumas características como:
- Resiliência.
- Assertividade.
- Tolerância a frustração
- Capacidade de lidar com equipes
- Escuta e tantas outras.
Quando o ciclo de aprendizagem se encerra no ambiente de trabalho, ou seja, ele já não te encanta mais. Deve-se procurar um outro e recomeçar. O que não pode é sentir-se desqualificado, infeliz, com medo da mudança, para não perder “as garantias adquiridas” isso te leva ao adoecimento.
O trabalho deve ser visto como uma das esferas onde podemos obter satisfação, não a única!
Como o câncer de mama acomete num importante órgão do corpo feminino, adquirir uma doença nesse órgão interfere no processo de simbolização da mulher enquanto ser feminino.
Entrevista cedida pela psicóloga Branca Frias para o portal Bolsa de mulher - jornalista Bianca de Souza
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